quinta-feira, 19 de março de 2009

"A vida de cada pessoa pode ser comparada à fluidez de um rio. Ele não para nunca. Se parar, deixa de ser um rio. É um rio porque o seu fluxo não para. Uma conchada de mão de água não contém o rio, não para o seu fluxo. É apenas um momento, nada mais. O mesmo acontece com a nossa vida, ela é um eterno fluxo, e o que consideramos vida é meramente uma manifestação específica desse fluxo. A morte é como tirar a conchada de água do rio, ou seja, o fluxo continua. Quando se solta a água no chão, ela volta de alguma forma para o rio, ou escorre, ou evapora e torna-se chuva. Não escapa, volta. Assim somos nós, voltamos para o fluxo e em algum momento voltamos a nos manifestar. E quando nos manifestamos, já chegamos condicionados por tudo o que fizemos, dissemos ou pensamos nas vidas anteriores. Prontos para construir o presente que se transformará no futuro. Somos os construtores do aqui e agora, do fluxo dos momentos, eles estão na nossa mão e não podemos deixar de infuenciá-los. É uma oportunidade maravilhosa essa. Construir o futuro e abrir caminho em direção à libertação da roda do sofrimento. Está em nossas mãos. Isso nos impede de nos culpar no futuro quem quer que seja pelas nossas agruras passadas e futuras. As passadas são fruto do nosso carma, que construímos anteriormente, e as futuras, asque construímos no presente. Quem não se iluminar nesta vida, deixará débitos para o futuro. "

Heródoto Barbeiro em Buda, o mito e a realidade.

Nenhum comentário: